Semifinalistas

A edição 2022 do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa classificou 65 obras semifinalistas. Concorreram autores de distintas nacionalidades: 45 escritores brasileiros, 12 portugueses, cinco moçambicanos, uma luso-angolana, um angolano e um cabo-verdiano. Concorreram obras publicadas por 40 diferentes editoras – 25 do Brasil, 11 de Portugal, três de Moçambique e um de Cabo Verde. Quanto à diversidade de gêneros literários, foram selecionados 27 romances, 18 livros de poemas, 14 de contos, cinco de crônicas e uma dramaturgia.

Nesta edição, oito autores semifinalistas foram publicados em mais de um país de língua portuguesa – número mais representativo desse intercâmbio literário entre todas as edições do prêmio. Editados no Brasil e em Portugal, concorreram A pediatra, da brasileira Andréa Del Fuego (Companhia das Letras Brasil e Portugal), As doenças do Brasil, do português Valter Hugo Mãe (Porto e Biblioteca Azul), Atirar para o torto, da portuguesa Margarida Vale de Gato (Tinta-da-china e Macondo), Mundo, da portuguesa Ana Luísa Amaral (Assírio & Alvim Portugal e Brasil), Museu da revolução, do moçambicano João Paulo Borges Coelho (Editorial Caminho e Kapulana), e Vista chinesa, da brasileira Tatiana Salem Levy (Todavia e Elsinore).

O caçador de elefantes invisíveis, do moçambicano Mia Couto, foi editado em Moçambique e Portugal (Fundação Fernando Leite Couto e Editorial Caminho), e Safras de um triste outono, do cabo-verdiano Arménio Vieira, foi publicado em Cabo Verde e no Brasil (Rosa de Porcelana e Casa Brasileira de Livros).

Mundo, da escritora portuguesa Ana Luísa Amaral, concorreu de maneira póstuma, uma vez que o regulamento do prêmio admite a premiação de escritores que venham a falecer após a inscrição do livro. Ana Luísa morreu em 5 de agosto.

Houve ainda sete autores estreantes entre os semifinalistas, todos brasileiros: Caetano Romão, com Um nome inteiro disposto à montaria (7Letras); Carol Braga, com Minha raiva com uma poesia que só piora (Urutau); Fábio Horácio-Castro, com O réptil melancólico (Record); Luciana Tiscoski, com Área de broca (Nave); Luiza de Carvalho Fariello, com Essa palavra eu não falo (Patuá); Marana Borges, com Mobiliário para uma fuga em março (Dublinense); e Vinícius Mahier, com Eu confundi um vaga-lume com um acidente de avião (Macondo).

 

Processo

Entre maio e agosto deste ano, os 2.452 livros inscritos foram lidos e avaliados por um júri internacional composto de 122 escritores, poetas, professores e críticos literários. Esse primeiro júri elegeu as 65 obras semifinalistas e escolheu, por votação, os membros dos júris subsequentes (intermediário e final).

Conheça aqui os jurados da primeira fase do Oceanos 2022.

 

Conheça os semifinalistas do Oceanos 2022

- A gaivota ou a vida em torno do lago, de Susana Fuentes | 7Letras – poesia brasileira

- A nota amarela, de Gustavo Melo Czekster | Zouk – romance brasileiro

- A pediatra, de Andréa Del Fuego | Companhia das Letras Brasil e Portugal – romance brasileiro

- Afastar-se (treze contos sobre água), de Luísa Costa Gomes | D. Quixote – conto português

- Alguns dias violentos, de Ismar Tirelli Neto | Macondo – poesia brasileira

- América – um poema de amor, de Mariana Ianelli | Ardotempo – poesia brasileira

- Área de broca, de Luciana Tiscoski | Nave – conto brasileiro

- As doenças do Brasil, de Valter Hugo Mãe | Porto e Biblioteca Azul – romance português

- As formigas do Tavinho e outras recordações, de Almiro Lobo | Alcance – conto moçambicano

- Atirar para o torto, de Margarida Vale de Gato | Tinta-da-china e Macondo – poesia portuguesa

- Autobiografia não autorizada, de Dulce Maria Cardoso | Tinta-da-china – crônica portuguesa

- Baixo esplendor, de Marçal Aquino | Companhia das Letras – romance brasileiro

- Bicho geográfico, de Bernardo Brayner | Cepe – romance brasileiro

- Clube dos niilistas, de Tom Correia | Urutau – conto brasileiro

- De cada quinhentos uma alma, de Ana Paula Maia | Companhia das Letras – romance brasileiro

- Degeneração, de Fernando Bonassi | Record – romance brasileiro

- Deste silêncio em mim, de Rui Conceição Silva | Visgarolho – romance português

- Deus pátria família, de Hugo Gonçalves | Companhia das Letras Portugal – romance português

- Discurso sobre a metástase, de André Sant’Anna | Todavia – conto brasileiro

- Elefantes no céu de piedade, de Fernando Molica | Patuá – romance brasileiro

- Essa palavra eu não falo, de Luiza de Carvalho Fariello | Patuá – conto brasileiro

- Eu confundi um vaga-lume com um acidente de avião, de Vinícius Mahier | Macondo – poesia brasileira

- Impressão sua, de André Dahmer | Companhia das Letras – poesia brasileira

- Introdução à pintura rupestre, de José Tolentino Mendonça | Assírio & Alvim – poesia portuguesa

- Jerusalém de nós – peça em um ato, de Leo Lama | É Realizações – dramaturgia brasileira

- Líbano, labirinto, de Alexandra Lucas Coelho | Editorial Caminho – crônica portuguesa

- Máquina, de Eleazar Venancio Carrias | Urutau – poesia brasileira

- Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida | Relógio D’Água – romance português

- Menino sem passado, de Silviano Santiago | Companhia das Letras – romance brasileiro

- Minha raiva com uma poesia que só piora, de Carol Braga | Urutau – poesia brasileira

- Mobiliário para uma fuga em março, de Marana Borges | Dublinense – romance brasileiro

- Mundo, de Ana Luísa Amaral | Assírio & Alvim Portugal e Brasil – poesia portuguesa

- Museu da revolução, de João Paulo Borges Coelho | Editorial Caminho e Kapulana – romance moçambicano

- Nós só compreendemos muito depois, de Laís Araruna de Aquino | Corsário-Satã – poesia brasileira

- Notas sobre a impermanência, de Paula Gicovate | Faria e Silva – romance brasileiro

- O caçador de elefantes invisíveis, de Mia Couto | Fundação Fernando Leite Couto e Editorial Caminho – conto moçambicano

- O canto dela, de Ana Kiffer | Patuá – romance brasileiro

- O castiçal florentino, de Paulo Henriques Britto | Companhia das Letras – conto brasileiro

- O deus das avencas, de Daniel Galera | Companhia das Letras – conto brasileiro

- O drible da vaca, de Mario Prata | Record – romance brasileiro

- O evangelho segundo Madalena, de Marcelo Pagliosa | Reformatório – romance brasileiro

- O livro do homem líquido, de Pedro Pereira Lopes | Gala-Gala Edições – conto moçambicano

- O livro dos pequenos nãos, de Heloisa Seixas | Companhia das Letras – romance brasileiro

- O mais belo fim do mundo, de José Eduardo Agualusa | Quetzal – crônica angolana

- O réptil melancólico, de Fábio Horácio-Castro | Record – romance brasileiro

- O rinoceronte na parede, de Frederico de Oliveira Toscano | Urutau – conto brasileiro

- O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk | Companhia das Letras – romance brasileiro

- Purgatório, de Pedro Eiras | Assírio & Alvim – poesia portuguesa

- Quarentena – uma história de amor, de José Gardeazabal | Companhia das Letras Portugal – romance português

- Quem tá vivo levanta a mão, de Maria Fernanda Elias Maglio | Patuá – conto brasileiro

- Querida cidade, de Antônio Torres | Record – romance brasileiro

- Resistências íntimas e outros itinerários, de Lucilene Machado | Patuá – crônica brasileira

- Risque esta palavra, de Ana Martins Marques | Companhia das Letras – poesia brasileira

- Safras de um triste outono, de Arménio Vieira | Rosa de Porcelana e Casa Brasileira de Livros – poesia cabo-verdiana

- Só as hienas matam sorrindo, de Aramyz | Urutau – conto brasileiro

- Também guardamos pedras aqui, de Luiza Romão | Nós – poesia brasileira

- Tornado, de Teresa Noronha | Exclamação – romance moçambicano

- Transfer, de Kevin Kraus | Editacuja – crônica brasileira

- Tristia, de António Cabrita | Porto – poesia portuguesa

- Um nome inteiro disposto à montaria, de Caetano Romão | 7Letras – poesia brasileira

- Uma exposição, de Ieda Magri | Relicário – romance brasileiro

- Vazão 10.8 – a última gota de morfina, de Diógenes Moura | Vento Leste – romance brasileiro

- Vingar, de Danielle Magalhães | 7Letras – poesia brasileira

- Virando o Ipiranga, de Guilherme Purvin | Terra Redonda – conto brasileiro

- Vista chinesa, de Tatiana Salem Levy | Todavia e Elsinore – romance brasileiro